A Igreja Assembleia de Deus Ministério Madureira – Campo de Juara, em Mato Grosso, divulgou nesta semana um comunicado à comunidade para alertar sobre tentativas de golpes envolvendo o nome da instituição.
Na nota, a direção esclareceu que não realiza solicitações de doações por meio de redes sociais, seja em dinheiro, alimentos, roupas ou materiais de construção. Qualquer pedido dessa natureza, segundo a igreja, não tem relação com suas atividades oficiais.
O presidente da igreja em Juara, pastor Eudes Nascimento Barbosa, informou que golpistas têm se passado por representantes da instituição, pedindo contribuições financeiras para supostos fretes de caminhões e transporte de doações. Ele ressaltou que tais abordagens são fraudulentas e orientou a população a não atender a esses pedidos.
“Estão pedindo dinheiro em nome da igreja para abastecer caminhões e transportar materiais. Isso é um golpe! A igreja não está envolvida com esses pedidos. Pedimos que a comunidade fique vigilante e não caia nessa fraude”, declarou o pastor.
A liderança da igreja reforçou seu compromisso com a sociedade e pediu que fiéis e moradores da cidade desconfiem de qualquer solicitação suspeita feita em nome da instituição, segundo informações da Rádio Tucunaré.
Neste domingo (6), acontece a manifestação Reaja Brasil, na Avenida Paulista, em São Paulo. O ato começou às 15h, em prol da anistia aos presos do 8 de janeiro e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está sendo julgado no Supremo Tribunal Federal (STF).
Outras cidades já realizaram, mais cedo neste domingo o ato pró-anistia. Os eventos também contaram com a presença de personalidades da política.
Organizações opositoras ao governo da Nicarágua denunciaram nesta segunda-feira, 25 de agosto, a morte do opositor Mauricio Alonso Petri, que, segundo elas, estava em poder da Polícia Nacional após ter sido capturado em 18 de julho. Alonso teria sido sequestrado junto com sua esposa e filho, de acordo com os relatos divulgados. A esposa foi libertada no mesmo dia, mas ele e o filho permaneceram presos.
A União Democrática Renovadora (Unamos) divulgou comunicado afirmando: “Com profunda indignação, denunciamos a morte de Mauricio Alonso Petri enquanto ele se encontrava nas mãos da Polícia Nacional da Nicarágua”. A entidade acrescentou que Alonso “estava desaparecido desde que foi sequestrado em 18 de julho deste ano, e, até o momento, nem a polícia nem qualquer autoridade do governo deram informações sobre seu paradeiro ou suas condições”.
O texto da Unamos descreveu o episódio como um “trágico evento” que ocorreu sem “nenhuma justificativa”, agravando a preocupação sobre as condições de detenção no país. A organização expressou condolências à família do opositor e fez um apelo à comunidade internacional para que adote “medidas políticas, diplomáticas e financeiras firmes e eficazes” a fim de pressionar o governo a encerrar as violações de direitos humanos.
O Instituto La Segovia no Exílio Político também responsabilizou o governo pela morte, declarando que o “sistema ditatorial de Daniel Ortega e Rosario Murillo está entregando morto o opositor sequestrado e preso político de nome Mauricio Alonso P.”. A organização afirmou que a família de Alonso foi contatada pelo serviço médico legal para a entrega do corpo, sem explicações oficiais.
A Unidade Nacional Azul e Branco, outra organização opositora, denunciou nas redes sociais: “Mauricio estava desaparecido desde seu sequestro, e as razões de sua morte são desconhecidas. Denunciamos este novo crime da ditadura e exigimos prova de vida do filho de Mauricio, também sequestrado pela ditadura, e de todos os sequestrados, assim como a liberdade incondicional de todas as pessoas presas políticas”.
Nem o governo da Nicarágua nem a Polícia Nacional comentaram as denúncias até o momento. Segundo o Mecanismo para o Reconhecimento de Pessoas Presas Políticas, apoiado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), até 15 de julho havia pelo menos 54 dissidentes e críticos detidos, incluindo 18 idosos.
O episódio ocorre em meio à intensificação da repressão no país. O ditador Daniel Ortega, em ato realizado em 19 de julho pelo 46º aniversário da Revolução Sandinista, declarou: “Assim que forem descobertos serão capturados e processados”, em referência a opositores. A crise política e social da Nicarágua se arrasta desde abril de 2018 e se aprofundou após as eleições de novembro de 2021, quando Ortega, de 79 anos, foi reeleito para um quinto mandato, o quarto consecutivo, estando no poder desde 2007.
Em julho de 2025, um ataque devastou a comunidade de Yelewata, uma vila no estado de Benue, Nigéria. Mais de 200 pessoas foram mortas e milhares ficaram deslocadas. Os agressores são extremistas da etnia fulani, um grupo que já matou muitos cristãos ao longo da última década.
As histórias sobre os ataques são fortes. Tesa, uma moradora de 60 anos, conta que, por causa das ameaças, muitos cristãos começaram a dormir em suas lojas para garantir a segurança do seu sustento. “Os extremistas atearam fogo às lojas mesmo com as pessoas dentro”, diz a cristã.
“Quando amanheceu, nós fomos ao local atacado pelos extremistas e vimos muitas pessoas mortas. Algumas foram queimadas dentro de suas lojas, outras do lado de fora. Meu avô foi morto na porta da própria loja tentando escapar. Os militantes atiraram nele e o esquartejaram”, conta Dennis.
Dennis, Tesa e milhares de pessoas fugiram com medo. Virtue (pseudônimo), uma parceira de campo da Portas Abertas, visitou as famílias deslocadas pouco tempo depois do ataque. Ela orou com elas e perguntou como poderia ajudá-las.
“Quando chegamos lá, a situação era terrível porque as pessoas estavam famintas. Qualquer pessoa com quem você conversasse diria que comida era a maior necessidade”, explica Virtue.
Depois da visita de Virtue, a Portas Abertas começou a se mobilizar para levar ajuda emergencial às famílias mais afetadas. Até agora, 300 famílias receberam cestas com 80kg de milho, 25kg de arroz e 25kg de feijão.
“Agora tenho o que comer”
A família de Dennis foi uma das que receberam uma cesta. “Obrigado pelos alimentos que vocês nos enviaram. Será de muita ajuda para nós e para as famílias com quem vamos dividir”, diz ele. “Antes eu não tinha nada, mas agora tenho o que comer”, diz Tesa, que também foi ajudada.
Virtue explica que esse trabalho é fundamental porque, mesmo em situações como essas, a corrupção é um impeditivo para que ajuda humanitária seja entregue às vítimas.
Um motorista de tuk-tuk (triciclo usado no transporte público) disse para Virtue que sua tia estava deslocada em um campo de refugiados e não conseguiu receber ajuda porque os recursos foram desviados antes que chegassem até ela. “Estou muito feliz que vocês estão distribuindo os alimentos diretamente para as famílias. Esse é o melhor jeito de fazer esse tipo de trabalho”, disse o motorista.
Apenas o primeiro passo
Apesar da importância dessa distribuição inicial de alimentos, ainda há muito a ser feito. Famílias estão separadas e as crianças estão sem acesso a educação. Virtue compartilha que o trauma que essas pessoas viveram é tanto que, mesmo após receberem as cestas de comida, elas não conseguiam demonstrar alegria.
“Eles precisam de suporte psicológico e cuidados pós-trauma. Todos estavam aliviados por receber alimentos, mas ao mesmo tempo, ninguém conseguia sorrir”, conta Virtue. Mesmo aqueles que não têm cicatrizes físicas foram afetados pela violência, seja por perder entes queridos e suas casas ou por ver suas fontes de sustento completamente destruídas.
Os cristãos deslocados precisam urgentemente das suas orações. “Irmãos e irmãs, por favor, orem para que nós tenhamos paz, possamos voltar para nossas casas e continuar trabalhando”, pede Tesa.
Contribua com qualquer valor e ajude a alimentar os cristãos de Benue que perderam tudo. Juntos, podemos levar acolhimento e esperança às famílias deslocadas.